quinta-feira, 17 de maio de 2012

*Espécies endêmicas:      
            O cerrado possui uma grande biodiversidade de flora e de fauna e o número de espécies endêmicas também é alto. Possui uma flora com mais de 10.000 espécies de plantas sendo que dessas 4.000 são endêmicas. Já em relação a fauna possui cerca de 1.500 espécies de animais, muitas delas também endêmicas (de 150 espécies de anfíbios cerca de 45 são endêmicas, 120 espécies de repteis e 40 são endêmicas e 32 espécies de aves são endemicas) . Alguns exemplos dessas espécies endêmicas são: o beija flor-de-gravata, rabo-mole-da-serra, e a gralha do cerrado, o tapálculo-de-coleia, o papa-moscas-de-costas-cinzentas, a campainha azul, são espécies de áreas abertas, enquanto o soldadinho, é restrito às formações florestais.
    

*Fauna:
O cerrado apresenta grande variedade em espécies em todos os ambientes, que dispõem de muitos recursos ecológicos, abrigando comunidades de animais com abundância de indivíduos, alguns com adaptações especializadas para explorar o que fornece seu habitat.
No ambiente do cerrado são conhecidos até o momento mais de 1.500 espécies de animais,vertebrados (mamíferos, aves, peixes, répteis e anfíbios) e invertebrados ( insetos, moluscos, etc). Cerca de 161 das 524 espécies de mamíferos (pertencentes a 67 gêneros) estão no cerrado. Apresenta 837 espécies de aves, 150 de anfíbios(das quais 45 são endêmicas), 120 espécies de répteis (das quais 40 são endêmicas). Apenas no Distrito Federal há 90 espécies de cupins, 1.000 espécies de borboletas e 500 de abelhas e vespas.
Devido à ação do homem, o cerrado passou por grandes modificações, alterando os diversos habitats e consequentemente, apresentando espécies ameaçadas de extinção. Dentre as que correm risco de desaparecer estão o tamanduá – bandeira, a anta, o lobo guará, o pato mergulhão, o falcão de peito vermelho, o tatu bola, o tatu canastra, o cervo, o cachorro vinagre, a onça pintada, a ariranha e a lontra.



*Curiosidades: 
_ Os principais arbustos encontrados no cerrado são: pau-santo, pequi e lixeira.
_ É comemorado em 11 de setembro o Dia do Cerrado.
_A presença humana na região data de pelo menos 12 mil anos, com o aparecimento de grupos de caçadores e coletores de frutos e outros alimentos naturais. Só recentemente, há cerca de 40 anos, é que começou a ser mais densamente povoada.
_A Constituição Federal promulgada em 1988 não atribuiu ao cerrado o "status" de patrimônio nacional, o que poderia assegurar sua utilização dentro de critérios para a manutenção de sua preservação. Ao contrário, desde o início da denominada política de expansão agrícola, na década de 50, a região do cerrado foi citada pelo Governo Federal como sendo a principal fronteira agrícola do país, ou seja, a vegetação "feia", "vagabunda" e "desprezível" do cerrado, apesar de possuir uma fauna e flora riquíssimas, foi sistematicamente, e legalmente, condenada ao desaparecimento.
_Os principais locais para a pratica de atividades de ecoturismo / turismo de aventura são as unidades de conservação do Cerrado, como Chapada dos Veadeiros / Emas (ambos Patrimônio Mundial), Chapada dos Guimarães, Grande Sertão Veredas, Cantão, Emas e Jalapão.
_ Cerca de 80% do carvão vegetal consumido no Brasil vem das árvores do Cerrado;
_ O espaço ocupado pelo Cerrado equivale à soma das áreas da Espanha, França, Alemanha, Itália e Inglaterra;
_ A área total do cerrado foi estimada pelo somatório da multiplicação do índice de participação de cada município no Cerrado (índices de 1980), pela área municipal (Anuário..., 1985). A população resultou do somatório da multiplicação dos índices de 1980 e de 1990, pela população residente nos municípios (Sinopse..., 1981a, 1981b, 1981c, 1981d, 1981e, 1981f, 1981g, 1981h, 1981i, 1981j, 1981k, 1991b, 1991c, 1991d, 1991e, 1991f, 1991g, 1991h, 1991i, 1991j, 1991k, 1991l).
Determinou-se a taxa geométrica de crescimento através da fórmula:
i = ( ( y/a ) 1/ n-1 -1 ) * 100
Onde:
y = população em 1991;
a = população em 1980;
n = período, número de anos;
i = taxa média geométrica de crescimento.
A densidade demográfica resultou da divisão da população residente pela área.

FAUNA
#Animais em extinção: Cerca de 1300 espécies de animais vertebrados vivem no cerrado. Sessenta estão ameaçadas de extinção: 15 das 180 espécies de répteis, 20 das 161 espécies de mamíferos, 3 das 150 espécies de anfíbios e 22 das 837 espécies de aves.Exemplo de alguns: Anta - Arara Azul - Boto Cachimbo - Cachorro Vinagre -Cuxiú - FlamingoJacará Açu - Jaguatirica - Lobo GuaráMacaco Prego do Peito Amarelo -Mico Leão Dourado - Mono-Carvoeiro - Onça Pintada Ouriço Preto - Peixe Boi Sagüi - Tamanduá Bandeira - Tatu Bola -Tatu Canastra - Uacari Vermelho - Urso Pardo - Veado Catingueiro.
#A teia da aranha é construída com uma espécie de proteína e quanto mais velhas elas ficam mais perfeitas são as teias que elas constroem com auxílio das fiandeiras. A aranha da teia dourada constroe suas teias no sol e é realmente dourada, e suas teias são as mais fortes de todas as teias das outras aranhas.



 



_ Cerrado em quadrinhos
Um trabalho bem interessante sobre o Cerrado: quadrinhos! Trata-se do trabalho do desenhista e geógrafo Evandro Alves, que possui o seu próprio blog , o Alvescomics e participa como colaborador do Projeto Canta Cantos. Os quadrinhos sobre o Cerrado fazem parte do seu trabalho de conclusão de curso (Geografia pela UFMG), uma monografia sobre o Cerrado, com orientação do Professor Dr. Bernardo Gontijo.
Em seu trabalho sobre o Cerrado, Alves trata das fitofisionomias, da ocupação, das questões ambientais e da importância da educação ambiental para a preservação do Cerrado.
Leia mais: http://faunadocerrado.blogspot.com/2009/12/o-cerrado-em-quadrinhos.html#ixzz1v86HMUb1
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*Características climáticas
O clima predominante no Domínio do Cerrado é o Tropical sazonal, de inverno seco. A temperatura média anual fica em torno de 22-27ºC, sendo que as médias mensais apresentam pequena estacionalidade. As máximas absolutas mensais não variam muito ao longo dos meses do ano, podendo chegar a mais de 40ºC. Já as mínimas absolutas mensais variam bastante, atingindo valores próximos ou até abaixo de zero, nos meses de maio, junho e julho. A ocorrência de geadas no Domínio do Cerrado não é fato incomum, ao menos em sua porção austral.
            Em geral, a precipitação média anual fica entre 1200 e 1800 mm. Ao contrário da temperatura, a precipitação média mensal apresenta uma grande estacionalidade, concentrando-se nos meses de primavera e verão (outubro a março), que é a estação chuvosa. Curtos períodos de seca, chamados de veranicos, podem ocorrer em meio a esta estação, criando sérios problemas para a agricultura. No período de maio a setembro os índices pluviométricos mensais reduzem-se bastante, podendo chegar à zero.
            Disto resulta uma estação seca de 3 a 5 meses de duração. No início deste período a ocorrência de nevoeiros é comum nas primeiras horas das manhãs, formando-se grande quantidade de orvalho sobre as plantas e umedecendo o solo. Já no período da tarde os índices de umidade relativa do ar caem bastante, podendo baixar a valores próximos a 15%, principalmente nos meses de julho e agosto.
           Normalmente a atmosfera é calma e o ar fica muitas vezes quase parado. Em agosto costumam ocorrer algumas ventanias, levantando poeira e cinzas de queimadas a grandes alturas, através de redemoinhos que se podem ver de longe. Às vezes elas podem ser tão fortes que até mesmo grossos galhos são arrancados das árvores e atirados à distância.
A radiação solar no Domínio do Cerrado é geralmente bastante intensa, podendo reduzir-se devido à alta nebulosidade, nos meses excessivamente chuvosos do verão.
         



*Características:
_ Agricultura e as queimadas
O acelerado processo de ocupação do cerrado, com intenso desmatamento tem gerado grandes problemas no que concerne à perda de solo por erosão e perda de espécies animais e vegetais, diminuindo consideravelmente a diversidade e quantidade em seu banco genético.
O cerrado, que produzia grãos em quantitativos irrelevantes, quando comparados à produção nacional, passou a integrar tabelas e quadros estatísticos da produção nacional, com destaque. Além de rebanhos bovinos, principalmente gado de corte, o cerrado constitui-se hoje, grande produtor de soja, milho, arroz, feijão , café e mandioca.
Novos cultivares surgiram, ocupando extensas áreas no cerrado, a exemplo do cultivo de soja, que para sua implantação com produtividade a nível comercial exige, além de correção da acidez do solo e defensivos agrícolas (agrotóxicos), a retirada de toda a cobertura autóctone.
            Como o cerrado não constou da elaboração da Constituição Brasileira em 1988, sua utilização prevê o decapeamento de 80% da propriedade, deixando-se uma reserva legal vegetada de 20%, que não precisa ser especificamente de vegetação nativa. Com isto, a carvoaria tem-se aproveitado retirando, mesmo em áreas ainda não utilizadas para a agropecuária, toda madeira passível de ser transformada em carvão, de maneira intensiva e indiscriminada.
Em suma, a expansão horizontal intensa e rápida traz, para o cerrado, expressivos danos à sua biodiversidade, entendendo-se aqui o termo biodiversidade em três níveis: genética, de espécies e de ecossistemas.
#Entende-se como diversidade genética a informação contida nos genes dos organismos vivos de uma determinada região.
#Com relação à diversidade de espécies, temos hoje catalogadas, 1,7 milhões de espécies de organismos viventes no cerrado, entretanto, como ainda há grandes áreas não estudadas no bioma, calcula-se que estas podem atingir cerca de 12,5 milhões (Ribeiro, Silva & Batmanian, 1985, e World Conservation Monitoring Centre, 1992, citado por Mantovani & Pereira, 1998).
#Quanto à diversidade de ecossistemas, entende-se a variabilidade de habitats, comunidades biológicas e processos ecológicos intrínsecos a cada ecossistema.
O avanço intenso da fronteira agropecuária vem causando danos catastróficos à biodiversidade do cerrado, em que se pese a significância da produção e produtividade da região no balanço econômico/financeiro do país.
Isto patenteia simplesmente a necessidade de maiores estudos que propiciem o melhor conhecimento do bioma cerrado, fazendo-se equilibrar produção e preservação, dentro de parâmetros de sustentabilidade e autosustentabilidade de ecossistemas.
Um dos temas mais controversos no bioma cerrado é o fogo. Sua ocorrência se dá por causas naturais ou não e seus efeitos têm sido motivo de debates.
A história do homem no cerrado não chega a tanto tempo, mas pode-se afirmar com segurança "...que entre 18.000 e 16.000 anos atrás, um contingente populacional cruzou o istmo do Panamá e veio de forma mais densa e efetiva povoar a América do Sul. Esta população de caçadores/coletores e - posteriormente - cultivadores, utilizou o fogo em seus sistemas de caça e preparo de cultivares.
Muitas vezes o fumante tem sido responsabilizado pelo fogo no cerrado, mormente quando a área é cortada por rodovias, porém, uma curiosa investigação realizada por Vareschi.
A fauna de mamíferos, normalmente não chega a ser afetada, de vez que a velocidade do fogo e a altura das chamas permite, a maioria das vezes, a travessia para áreas já queimadas ou a fuga para lugares mais protegidos, sendo atingidos apenas aqueles menos capacitados dentro do processo de seleção natural.
Assim sendo, os processos de degradação do cerrado, mais que à ocorrência de fogo, deve-se à interferência antrópica no bioma através de desmatamento, utilização de biocidas, abertura de estradas, construção de cidades e expansão urbana, etc.

   Queimadas durante a seca desde 2005


sexta-feira, 11 de maio de 2012

_ Solo:
Os solos são geralmente profundos, azonados, de cor vermelha ou vermelha amarelada, porosos, permeaveis, bem drenados, e por isso, intensamente lixiviados e possuem baixa fertilidade natural. Apresenta pH ácido, variando de 4,3 a 6,2. O teor de matéria orgânica destes solos é pequeno, ficando geralmente entre 3 e 5%.
Possui elevado conteúdo de alumínio, baixa disponibilidade de nutrientes, como fósforo, cálcio, magnésio, potássio, matéria orgânica, zinco, argila, compondo-se de caulinita, goetita e gibsita. Seu solo esconde um grande manancial de água, que alimenta seus rios.
Sua textura predomina a fração areia, argila e por ultimo o silte; e por isso recebe o nome de arenosos, areno-argilosos, argilo-arenosos ou argilosos.



_ Relevo:
            É um pouco acidentado, com poucas áreas planas, embora predominem os amplos planaltos.  Os pontos mais elevados estão na cadeia que passa por Goiás em direção sudeste-nordeste, são:o Pico do Itacolomi (1797m), o Pico do Sol (2070m) e a Chapada dos Veadeiros que pode atingir 1676m. No entanto há pontos mais baixos: o Pico Alto da Serra dos Pireneus, com 1 385 metros de altitude, a Chapada dos Veadeiros, com 1 250 metros e outras serras menores, com altitudes entre 500 e 800 metros.
                               Parque Nacional da Chapada dos Guimarães foi criado em 1989 .

_ Conservação:
A proteção total e absoluta contra o fogo no Cerrado é uma utopia, é extremamente difícil. O acúmulo anual de biomassa seca, de palha, acaba criando condições tão favoráveis à queima que qualquer descuido com o uso do fogo, ou a queda de raios no início da estação chuvosa, acabam por produzir incêndios tremendamente desastrosos para o ecossistema como um todo, impossível de serem controlados pelo homem. Neste caso é preferível prevenir tais incêndios, realizando queimadas programadas, em áreas limitadas e sucessivas, cujos efeitos poderão ser até mesmo benéficos. Tudo depende de sabermos manejar o fogo adeqüadamente, levando em conta uma série de fatores.
Grandes incêndios certamente ocorreram no apssado, só que não eram desastrosos. Como não existiam arames farpados os animais podiam fugir para áreas vizinhas e com o tempo serem repovoadas. Hoje é diferente. Além das cercas, a vizinhança de um Parque Nacional ou qualquer outra unidade de conservação, é formada por fazendas, onde a vegetação e a fauna natural já não mais existem. Se a sua fauna for dizimada por grandes incêndios, ele não terá como ser naturalmente repovoado, uma vez que essa fauna já não mais existe nas vizinhanças.           
Entre as unidades de conservação podemos mencionar o Parque Nacional das Emas (131.832 ha), o Parque Nacional Grande Sertão Veredas (84.000 ha), o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães (33.000 hs), o Parque Nacional da Serra da Canastra (71.525 ha), o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (60.000 ha), o Parque Nacional de Brasília (28.000 ha).               
Se considerarmos que cerca de 45% da área do Cerrado já foram convertidos em pastagens cultivadas e lavouras diversas, é extremamente urgente que novas unidades de conservação representativas dos cerrados sejam criadas ao longo de toda a extensão de seus extremos norte, sul, leste e oeste. A criação de unidades de conservação com áreas menos significativas não deve, todavia, ser menosprezada. Quando adequadamente manejadas, elas também são de enorme importância para a preservação da biodiversidade.            
A grande maioria das atuais unidades de conservação, sejam elas federais, estaduais ou municipais, acha-se hoje em uma situação de completo abandono, com sérios problemas fundiários, de demarcação de terras e construção de cercas, de acesso por estrada de rodagem, de comunicação, de gerenciamento, de realização de benfeitorias necessárias, de pessoal em número e qualificação suficientes etc. Dentro de alguns anos, ou décadas que seja, estas unidades transformar-se-ão em verdadeiros pastos de gordura,perdendo, assim, toda a sua enorme riqueza de espécies de outrora.





_ Artesanato:
Existem experiências de produção e venda de artesanato na forma de arranjos de flores secas, especialmente sempre-vivas, cestas de caules de pingo-de-ouro, descansos para pratos e chapéus, entre outros produtos que aproveitam a flora do Cerrado. Além disso, existe um mercado razoável para Donald Sawyer 291 artesanato indígena, seja para decoração ou na forma de colares, pulseiras, anéis e brincos. O potencial de venda de artesanato em lojas nas grandes cidades pode ser limitado, mas os turistas muitas vezes levam lembranças de suas viagens.
PRODUTO: ARTESANATO COM SEMENTES DO CERRADO: No mercado varejista do Distrito Federal, com o objetivo de identificar a origem do produto, formas de apresentação, e preço de compra e venda. A pesquisa foi aplicada junto aos comerciantes dos principais canais de comercialização do Distrito Federal – aeroporto, catedral, feiras, e ambulantes. Os dados pesquisados estão disponíveis para técnicos, produtores rurais e comerciantes que atuam nesta cadeia produtiva.













_ Paisagem:
A paisagem do Cerrado possui alta biodiversidade, embora menor que a mata atlântica e a floresta amazônica. Pouco afetado até a década de 1960, está desde então crescentemente ameaçado, principalmente os cerradões, seja pela instalação de cidades e rodovias; pelo crescimento das monoculturas, como soja e o arroz; a pecuária intensiva; a carvoaria e o desmatamento causado pela atividade madeireira e por frequentes queimadas; devido às altas temperaturas e baixa umidade, quanto ao infortúnio do descuido humano.
Durante os meses quentes de verão, quando as chuvas se concentram e os dias são mais longos, tudo ali é muito verde. No inverno, ao contrário, o capim amarelece e seca; quase todas as árvores e arbustos, por sua vez, trocam a folhagem senescente por outra totalmente nova. Enquanto alguns ainda mantém suas folhas verdes, outros já as apresentam amarelas ou pardacentas, e outros já se despiram totalmente delas.
Apresenta pequenas árvores de troncos torcidos, recurvados e com casca grossa como forma de proteção ao fogo; com folhas grossas, pequenas e coriáceas, esparsas em meio a uma vegetação rala e rasteira, como um tapete de gramíneas, misturando-se, às vezes, com campos limpos ou matas de árvores e suas raízes profundas o que facilita a absorção da água.



   



_ Vegetação:
A vegetação é composta por exemplares  arbustivo-arbóreos, de caules e galhos grossos e retorcidos, distribuídos de forma ligeiramente esparsa, intercalados por uma cobertura de ervas, gramíneas e espécies semi-arbustivas.
Segundo a Empresa Brasileira de Agropecuária (Embrapa), há 11 tipos principais de vegetação descritos para o bioma Cerrado. Eles se dividem em formações florestais (Mata Ciliar, Mata de Galeria, Mata Seca e Cerradão); savânicas (Cerrado sentido restrito, Parque de Cerrado, Palmeiral e Vereda) e campestres (Campo Sujo, Campo Limpo e Campo Rupestre). Considerando também os subtipos neste sistema de classificação, são reconhecidos 25 tipos de vegetação, sendo alguns: campo, cerrado, cerradão, matas ciliares de veredas e ambientes alagadiços.
As árvores têm caules retorcidos e raízes longas, que permitem a absorção da água - disponível nos solos do cerrado abaixo de 2 metros de profundidade, mesmo durante a estação seca do inverno.
Nos últimos 30 anos, a pecuária extensiva, as monoculturas e a abertura de estradas destruíram boa parte da vegetação do cerrado. Hoje, menos de 2% está protegido em parques ou reservas.
Sua vegetação se encontra em uma região onde o clima é o tropical: chuva, entre outubro e abril, e seca, entre maio e setembro. E por isso são chamadas de tropófilas. Também são caducifólias, pois caem as folhas no período de estiagem.
Entre as espécies vegetais que caracterizam o Cerrado estão o barbatimão, o pau-santo, a gabiroba, o pequizeiro, o araçá, a sucupira, o pau-terra, a catuaba e o indaiá. Debaixo dessas árvores crescem diferentes tipos de capim, como o capim-flecha, que pode atingir uma altura de 2,5m.
Onde corre um rio ou córrego, encontram-se as matas ciliares, ou matas de galeria, que são densas florestas estreitas, de árvores maiores, que margeiam os cursos d’água. Nos brejos, próximos às nascentes de água, o buriti domina a paisagem e forma as veredas de buriti.



 




_ Sua extensão:
É o segundo maior bioma brasileiro, estendendo-se por uma área de 2.045.064 km2 , abrangendo oito estados do Brasil Central: Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Piauí e o Distrito Federal.
Já ocupou 25% do teritorio brasileiro, cerca de 2 milhões de quilometros quadrados, fato que lhe dá a condição de segunda maior cobertura vegetal do país. Mas ao passar dos anos foi diminuindo, com o surgimento de novas tecnologias foi realizada a correção e hoje, com aproximadamente 800 mil quilometros quadrados, se destaca em produção de grãos, carne  leite.

_ Hidrografia:
Cortado por três das maiores bacias hidrográficas da América do Sul(Tocantins-Araguaia, São Francisco e Prata)e por isso tem índices pluviométricos regulares que lhe propiciam sua grande biodiversidade. O Cerrado pode ser considerado a “caixa d’água” do Brasil. Dele saem os afluentes do Paraná, do São Francisco e da margem direita do Amazonas, ou seja, os principais rios brasileiros. Cerca de 98% da população do Brasil depende População, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável no Cerrado de energia hidrelétrica gerada ao menos parcialmente com água do Cerrado (Sawyer, 1998).


_ População:
            A população do cerrado, em 1980, era de 16.764.016 habitantes, cerca , em 1991, chegou a 21.064.910, ou seja, 14,34% da população do País. Em 1980, 33,3% da população do cerrado vivia no meio rural e até 1991 reduziu uma taxa de 0,97% ao ano. Em 1996, a população total dos municípios da área nuclear do Cerrado era de 28,1 milhões de habitantes, o que corresponde a 17,9 % da população brasileira e quase a população do Canadá. Do total, 21,5 milhões, ou seja, 76,4%, eram urbanos.
A redução do ritmo de crescimento deve-se às quedas da fecundidade e da migração inter-regional. Atualmente, vivem cerca de 20 milhões de pessoas. Essa população é majoritariamente urbana e enfrentam problemas como desemprego, falta de habitação e poluição, entre outros.      
Xavantes, Tapuias, Karajás, Avá-Canoeiros, Krahôs, Xerentes, Xacriabás. Os primeiros indígenas se dividiram em etnias que passaram a ocupar diferentes regiões do Cerrado e a interferir nos processos ambientais, mas a partir de uma relação de sacralidade e profundo respeito para com a Terra.

Unidade
Área
No de
População em 1989
População em 1990
da
federação
(km2)
municípios
no cerrado
total
(no de hab.)
rural
% total
(no hab.)rural
%
Mato Grosso
422.125
76
858.028
34,671.255.64617,99
Minas Gerais
384.366
388
7.727.038
26,089.441.87619,62
Goiás
355.092
211
3.124.804
32,504.012.56219,23
Tocantins
249.773
74
562.071
62,41672.35444,17
Mato Grosso do Sul
216.463
53
823.380
27,591.092.50015,68
Piauí
162.388
95
1.198.690
58,911.403.32747,62
Maranhão
140.702
55
776.256
74,35906.35562,44
Bahia
82.597
49
371.007
70,45433.16958,72
Rondônia
31.973
12
84.451
66,24154.68051,62
Pará
11.070
7
19.702
70,6345.42640,18
Distrito Federal
5.771
1
1.177.393
3,221.598.4155,31
Ceará
2.356
6
41.196
69,3048.60161,82
Total
2.064.676
1.027
16.764.016
33,3321.064.91123,83
Brasil(1)
8.511.996
-
119.002.705
32,43146.917.45924,53
Fonte: IBGE (1991m)